quinta-feira, 10 de maio de 2012

TUDO COMEÇOU LÁ NO ALTO.


E tudo começou lá em cima, na Serra do Itacolomi, segundo foi dito por varias pessoas e pela nossa simpática guia, as primeiras pepitas de ouro, grudadas em pedras de minério de ferro, que são pretas, daí o nome da cidade, foram encontradas lá em cima, próximo a aquela pedra inclinada. O Pico do Itacolomi.
A nossa despedida da bela Ouro Preto, da qual deixo o registro que, embora a cidade é turística, viva exclusivamente do turismo, ali você percebe que todos te tratam a ponta pés, para dizer a verdade, só fomos bem tratados, pela guia de turismo e no restaurante, de resto posso dizer que, em São João Del Rei e Tiradentes fomos muito bem tratados, Ouro Preto deixou a desejar.
E lá fomos nós para Belô. 

sexta-feira, 4 de maio de 2012

NO INTERIOR DA MINA DE OURO DESATIVADA;.


A mina é realmente apavorante, o guia contou-nos que alguns proprietários de mina, matavam um escravo lá dentro e mantinha o corpo na mina, assim, os outros tinham medo de entrar durante a noite para roubar o ouro por causa do fantasma do morto. Esse fato numa época onde a superstição era muito grande deveria fazer efeito mesmo.
Entramos cerca de 150 metros mina adentro, até chegar em um trecho onde a caverna mergulhava no chão, num buraco, o qual não se enxergava o fundo.


A retirada do ouro era outro sacrifício, os homens traziam pedras quebradas dentro na mina, e do lado de fora mulheres e crianças sob os olhos atentos do capataz, esfregavam as pedras numa lousa grande e plana de granito para desgrudar o ouro das pedras.
Na mina ainda existe uma lousa desse tipo, a superfície gasta dá uma idéia vaga de quão difícil e cansativo era esse trabalho, o pó do ouro retirado era então levado à Casa dos Contos para ser fundido em barra.
Segundo o guia, essa mina ainda tem ouro, ela só foi interditada devido à sua profundidade e a falta de renovação do ar do seu interior.

VISITA À UMA MINA DE OURO.


A mina de ouro desativada é sem duvida a melhor parte da viagem.
É uma volta aos tempos da escravidão e da febre do ouro da antiga Vila Rica.
Acompanhada por um guia, a visita ao interior da mina é uma viagem fascinante, revive-se a época, mostrando como era feito o trabalho de mineração.
O local é uma íngreme escarpa rochosa e a mina é um simples buraco na pedra como uma caverna.
Com mais ou menos 1,80 de altura e cerca de 1,20 m de largura, custa acreditar que esse buraco foi aberto pelos escravos na picareta, centímetro por centímetro, pois a montanha é de uma rocha escura e muito dura. A mina é toda original, somente foi instalada energia elétrica para os visitantes no seu interior.
A medida que fomos entrando o guia foi explicando como era a exploração, o ouro se encontrava grudado nas pedras negras e em alguns veios de quartzo.

Atrações de Ouro Preto

Das atrações mais famosas da cidade e se destacam, além das Igrejas, o Museu na Praça Tiradentes antiga cadeias da região, com seu acervo imenso e a Casa dos Contos, onde era fundido todo o ouro extraído nas minas e onde era feita a separação da taxa obrigatória do Rei, " o quinto", ou seja,  vinte por cento de todo ouro produzido,  taxa essa imposta pela coroa de Portugal, a qual foi um dos motivos da Inconfidência Mineira. A feira de artesanato que fica próximo à Praça Tiradentes que tem várias bancas onde os artistas locais produzem e vendem seu artesanato na grande maioria, peças de pedra sabão.

Os morros de Ouro Preto.


Não que eu seja chato, mas é bom que quem vai para lá, vá sabendo e preparado, para enfrentar um transito caótico e ladeiras de tirar o fôlego.

Ainda Ouro Preto


Ouro Preto é isso: casas antigas e várias igrejas, ladeiras e mais ladeiras, ruas estreitas e íngremes, íngremes mesmo. Só mesmo estando lá é que dá para ver o que são aquelas ladeiras. Ai você fica matutando, como essa gente consegue andar por lá todo dia? As ruas são de pedras irregulares e escorregadias e as calçadas só cabem uma pessoa. Então as pessoas, dividem a rua com carros, motos, ônibus e vans, muitas vans.
Por falar em motos e vans, é uma loucura, vans e motos atormentam os pedestres e os turistas que se aventurarem a andar de carro por aquelas ladeiras.
Muitas pessoas andam no meio da rua, moradores e turistas, é gente subindo e descendo ladeiras prá todo lado.
Na foto acima uma das ladeiras terríveis, todos tiveram que descer e ir a pé, pois o carro com tração dianteira começou a patinar na subida no seco, em meus 50 anos de habilitação, jamais tinha passado situação idêntica.

sábado, 31 de março de 2012

A Igreja Matriz de Ouro Preto.


A Igreja Matriz de Ouro Preto, Nossa Senhora do Pilar, igualmente à Matriz de São João Del Rei tem abundância de ouro e prata, obras maravilhosas, mas ao contrário daquela, aqui é proibido fotografar, dizem que a luz do flash, danifica as obras, mas penso que é para não atiçar a cobiça de mais ladrões.
As esculturas foram feitas em madeira e depois cobertas com pó de ouro e o resultado é fantástico.
Existe uma lenda que essa igreja foi levantada em cima da maior mina de ouro do lugar e que o ouro retirado foi remetido a Roma pelos padres.

As montanhas de Ouro Preto.




Não que eu seja chato, mas quem vai para lá, é bom ir preparado, para enfrentar ladeiras de tirar o fôlego e transito caótico.
E igrejas, sempre no alto dos morros.

Ouro Preto e sua montanhas.





Ouro Preto é uma cidade sem chão plano, é tudo morro, para qualquer lado que se olhe é morro e mais morro, logo, as pessoas convivem com muitas ladeiras, ruas estreitas e tortuosas, casas antigas e igrejas, muitas igrejas, e todas no alto dos morros.



Pousada Águas Claras - Mariana.












Chegamos à pousada já era noite, só encontramos a fazenda porque no vilarejo havia diversas pessoas conversando na rua.
Chegamos na porteira, tudo apagado, a escuridão era total, iluminamos a porteira com as luzes do veiculo e tivemos uma grata surpresa, Marvin veio nos receber.
Como era tarde jantamos e fomos dormir, a janta, incluída na diária, algo leve para não pesar no estômago, um caldo de feijão com torradas.
Fomos para a casa onde iríamos dormir, era turismo rural, o máximo de rural possível, Marvin cuidou da nossa segurança a noite toda.
Pela manhã, ao acordar, avistamos a bela piscina, mas tomar banho, só na companhia de Marvin, pois eles não queriam que ninguém se afogasse, desistimos da piscina e fomos tomar café, acompanhados o tempo todo pelo eficiente Marvin.
A Fernanda e a Dedé até fizeram uma boa amizade com ele.

Município de Mariana.




Passamos por Ouro Preto sem parar, já estava ficando tarde e iríamos até uma pousada a 36 Km além de Mariana, num lugar chamado Águas Claras.
O local era longe e sem sinalização, passamos dos um vilarejo que foi uma antiga estação da estrada de ferro Vitória -Minas, hoje abandonada. Monsenhor Horta.

Na estrada rumo à Mariana.




Saindo de Congonhas rumo à Mariana, retornamos um trecho pela BR 040 e alcançamos novamente a Estrada Real, ou trecho dela, vamos passar por Ouro Branco e Ouro Preto.
Em Ouro Branco a estrada acompanha em um trecho a Serra do Ouro Branco. Miguel Garcia, ex-integrante da bandeira de Borba Gato, chegou nesse local em fins do século XVII, desce o vale do chamado "Rio da Serra", na Serra de Deus Livre. Funda o povoado após descobrir ouro de cor amarela, clara, produzida pelo mineral Paládio a ele associado, denominado "Ouro Branco".

segunda-feira, 5 de março de 2012

A Basílica de Bom Jesus do Matosinhos.


Os doze profetas esculpidos em pedra sabão, um espetáculo à parte.
Todo esse conjunto foi tombado em 1985 e transformado em Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.
Foto do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos em dia de festa.

Congonhas, fazia muito tempo.


A primeira vez que tive vontade de conhecer Congonhas foi no ano de 57, uma namorada falava muito da Igreja do Aleijadinho, contava que havia ido lá com uma parente que tinha ido pagar uma promessa por um milagre recebido, vi as fotos, fiquei fascinado, e jurei que um dia viria ver "in loco" essa beleza e, aqui estou.
Realmente as fotos não fazem justiça à esse espetáculo, é muito mais bonito ao vivo e a cores.


Pelos campos das gerais, rumo à Congonhas.

Tiradentes, Maria Fumaça pronta para o retorno.



A majestosa Maria Fumaça prepara-se para o retorno, eu fico por aqui, é hora de descansar.

Tiradentes, o fim da linha.


A velha bitolinha que um dia teve 602 km, indo de Antonio Carlos à Barra do Paraopeba, hoje se limita à míseros 12 km, de São João Del Rei à Tiradentes, assim mesmo graças a pressão da sociedade, que preservou essa maravilha para fins turísticos.

Chegando em Tiradentes.


Fim da viagem, foi sensacional, estamos chegando em Tiradentes, fim da linha, os homens que "pensam" nesse país resolveram tirar todo resto da linha.

Uma viagem no tempo.




O trem partiu, a bela estação vai ficando para trás, a Maria Fumaça vai apitando e chamando a atenção das pessoas, crianças e adultos acenam para o trem, é como estar indo rumo ao passado.

O Passado.






























As malas eram de papelão, a roupa do manequim representa uma era, o velho guindaste é proporcional ao tamanho dos trens da bitolinha e o velho carro de passageiros.

A Volta ao Passado.







Caminho pelo museu da estação, lá estão fotos de uma época distante, onde ainda se construíam Estradas de Ferro, toda uma historia contada através de fotos, peças e adereços ferroviários.
Vamos embarcar no trem, já vai partir.
A velha Maria Fumaça da bitolinha, parece um trem de brinquedo perto das AC de hoje.

Uma viagem ao passado.







Velha, bela e acolhedora São João Del Rei, uma cidade que deixa saudades.
A Igreja Matriz toda decorada com ouro, remonta ao século XVI.
No coração da cidade, um pedaço do passado perdido e (muito bem) conservado, o velho trem da Estrada de Ferro Oeste de Minas.
Como entrando em um conto de fadas eu volto ao passado, e nessa maquina do tempo, chego na magestosa Estação de São João Del Rei.